A posse de Donald Trump como presidente dos EUA gerou euforia entre analistas políticos conservadores, que veem essa mudança como uma guinada mundial em favor das pautas conservadoras.
A rápida adesão de grandes nomes do mundo tecnológico, como Mark Zuckerberg e Jeff Bezos, à nova administração americana, demonstra uma possível mudança de estratégia, indicando que o conservadorismo liberal se tornou mais lucrativo e estratégico.
Essa mudança de cenário não é totalmente inédita. Desde meados de 2013, figuras como Olavo de Carvalho, Roger Scruton, Ben Shapiro e Jordan Peterson têm amplificado discursos conservadores e liberais, encontrando ressonância em redes sociais e influenciando políticos, estudantes e cidadãos comuns.
"imposto é roubo" e "o marxismo busca destruir o seio familiar tradicional"
são exemplos de frases que passaram a ser comuns no discurso político, unindo liberais e conservadores numa mesma pauta.
Essa mudança representa, em parte, um desabafo popular reprimido, que encontrou espaço para se manifestar. Há uma mudança cultural em curso, mas o processo é lento e não se consolida em 15 ou 16 anos.
Um fator que contribui para essa ascensão conservadora são os erros da esquerda. A esquerda clássica, apesar de suas falhas, apresentava uma virtude na análise de problemas sociais reais, como as condições de trabalho em fábricas.
No entanto, a nova esquerda, identitária, abandonou a análise factual de problemas reais e priorizou pautas identitárias, muitas vezes criadas para justificar teses teóricas. Isso alienou o homem comum que busca soluções para problemas concretos.
"A esquerda parou de falar com o povo."
constata o autor.
Com isso, milhões de pessoas que antes votavam em Lula, por exemplo, encontraram nos discursos conservadores uma coerência com seus valores, culminando na eleição de Bolsonaro em 2018.
Este movimento é global. Indivíduos em diversos países, como os Estados Unidos, procuram discursos que se alinhem à sua moral e visão de realidade, diante de pautas identitárias que consideram bizarras.
A ascensão de Donald Trump e o crescimento do conservadorismo mundial refletem, em parte, a insatisfação com a esquerda identitária e a busca por soluções para problemas concretos que ela não aborda.
Esse movimento mostra um novo cenário político, com um crescente conservadorismo global, impulsionado pela insatisfação com a esquerda e uma crescente busca por líderes e políticas que se alinhem com os valores tradicionais e soluções práticas para as questões sociais.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Créditos: Revista Oeste